Voar

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
~Voar de asas escancaradas, lindas e luminosas. Rasgar o céu e cortar o vento, leve como uma de minhas penas.~ 


Doce Liberdade...
                                            

 Estou cansada da dor, de sofrer; Mas ainda assim insisto em lembrar tudo que já virou cinzas, que não passam de simples memórias. Elas gritam dentro de mim, buscando saída, liberdade.
Isso que todo pássaro tem, de voar pra onde quer quando quer; É tão simples. 


Às vezes sinto que caminho lentamente em direção a vida. Que não me permito ser rouxinol nem andorinha... 
O vento sopra as horas, pra longe o tempo em que éramos felizes, que vivenciávamos o sonho de um conto encantado, que delirávamos nas descobertas. Deixando-nos somente a seguir com nossas vidas. Separando-nos daqueles que já amamos tanto um dia. 
Tenho vontade de ouvir promessas, daquelas que tiram o sono, das que me façam pensar que você nunca largará minha mão uma vez que a segurou. Sentir medo de perder algo. E todas as outras sensações maravilhosas de amar.  
Quero viver tudo outra vez, sem ser tão errante. Sem cometer deslizes. Me sentir segura nos braços de quem não hesita em estar ao meu lado, que não hesite em me amar, ou que se controle.
Estou cansada de esperar as coisas acontecerem, de ser tão paciente com a vida, que anda brincando de ser linha infinita de silêncio. E quando menos espero vem me atropelando com seu trem de surpresas, me arrancando dos trilhos, me forçando a correr atrás de tudo, tomando as rédeas. Correndo para um destino totalmente inesperado, novo e cheio de emoções. Onde está esse meu trem? Meu vagão deve ter se perdido no deserto, parado em montes de areia, cansado.  A essa altura já me misturei com a areia, dormindo, esperando andar novamente. Admirando os Rouxinóis, brincando com andorinhas e sonhando, sonhando... Em ser um deles novamente. 













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