Eu Ria e Chorava

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012


Fiquei sem saber, se ria ou se chorava.
Preferi não pensar, preferi não olhar...
Senti aquele empurrão no coração, feito um aviso.
Resmunguei baixinho, me encolhi e esperei passar.
Não passou...
E ria, e chorava.
Agora é tarde, já não há mais infância!
Não temos espaço pra tanta fixação.
Mudamos, e mudamos para valer!
Mas garoto, certas coisas não mudam. Não passam...

Dispenso



Monótono, sem vibração.
Oco. 
Sem movimento.
Não desafia. Não progride.
Controlável. Passível e silencioso.
Efêmero, preguiçoso.
Dispenso. 

Urgente

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Cobicei, olhei e olhei de novo. Imaginei.
Não toquei, sabia que uma vez que a caixa fosse aberta, perderia seu valor inicial.
Você não sabe,mas quando te vejo desenho varias piadas internas. É algo tão espontâneo quanto como é te querer.
Meus olhos atraídos feito imã, seguem seus movimentos. Devaneios.
Não tem calma, é impaciente... É urgente. 

Efêmero

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

As palavras escorregavam, as verdades eram ditas, assim sem pudor algum.
Não te escondi nada, disse tudo que queria, sem hesitar.
Egoísta.
As interrogações se multiplicaram e as vontades só aumentavam.
A distância incomodava, os corpos se ansiavam e o silêncio era preenchido cada vez mais, madrugadas a dentro.
A imaginação nos embalava, era tudo que tínhamos, além da paciência.
Mas, sei onde isso vai dar.  Sabe como é, é sempre tudo tão finito...


Recomeço

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Suspir 
Suspiro, alívio e paz. Talvez, uma das maiores sensação de vitória que já tive. Sem exagerar posso perceber: a diferença do que sentia ontem e do que sinto agora! Seria cômico se não fosse louco.
Hoje, se lhes importa saber, posso afirmar que: Meu rosto ilustra o descanso de alguém que cansou de sofrer, que optou por viver o agora, mesmo que de sua maneira única, com suas escolhas não tão certas, mas um tanto cheia de bons momentos, do que pode vir a ser a pintura de um quadro imperfeito, mas, extremamente completo.
Ah como amo me permitir viver, ter bons momentos! O sentimento é tão acolhedor.  Tem-me nas nuvens, faz querer voar mesmo sem ter asas.
Agora que compreendo o fim inevitável, e que, aprendi não fugir, mas, a aproveitar o durante; Abro os meus olhos e enxergo, o que a muito não podia ver: A solução mais doce, os braços mais acolhedores, das palavras mais gostosas de ouvir; e tenho que dizer: Olhar para você é um tanto desesperador, mas me faz pensar que talvez a esperança não tenha se afundado tanto, ao que me faz sentir, posso arriscar dizer que a felicidade me passou tão despercebida quanto você, meu querido ser errante, caçador de um sentimento que a muito me falha, mas que na mesma intensidade me atormenta e encanta.
Você diz que quer segurar na minha mão, diz entender os meus medos e escolhe palavras carinhosas, sedutoras, para me fazer entender que está aqui para dividir esta louca estrada em que me encontro. E o que eu tenho a dizer?  Sabes que sou viciada no sentir, e que não sei dizer não para aquilo que me fascina!  Não sei o que lhe ocorreu que de repente começou a enxergar-me tal como eu fiz contigo! Ah como esse mundo é estranho!
Como posso me enganar tanto? Durante meses ignorei as oportunidades de enxergar, o que estava escrito em cada outdoor em minha vida: Sim, pertenço a você, desde o fim, eu sabia que você seria meu recomeço. 

Madrugadas sem dormir: Apenas Essa Noite

terça-feira, 3 de julho de 2012
Madrugada. Silêncio e algumas ocasionais lágrimas.
Engraçado como sempre aprendi a fugir do que sempre me foi desconfortável, convenientemente. De alguma maneira, desesperadora, existem coisas das quais não se pode fugir, o coração não costuma nos dar essas escolhas. Você é o que é, sente o que sente. Não importa o quanto corra, se for verdadeiro, fica. Simples assim. Como disse: desesperador.
As tentativas sempre serão válidas, não importa aonde elas nos levam, a que consequências nos entrega, o que se aprende será sempre de grande valia. E tenho que dizer, de tentativas mesmo... Não foram poucas, umas um tanto sem vontade, mas, ainda assim sempre com a ponta de esperança de que algum dia isso sumiria de dentro de mim.
Surpreendente. O tempo passa, voa como um pássaro livre e nada muda. Mas, de fato está tudo diferente, curiosamente, alguns pontos de resistência ainda me abalam.
Existem algumas partes de mim que simplesmente pararam no tempo, juntando poeira; assim como todo possível sentimento do passado; em toda minha vida, imaginei: teriam um fim melhor que o esquecimento.
O som de uma musica, o sabor de uma bala, a imagem de alguma foto, um caminhar semelhante... Inevitavelmente, nas entre linhas, silencioso e persuasivo encontra-se o que não se pode jamais esquecer.
Mas, apesar de tudo, faço de minha face verdadeiro sorriso, brinco de me provar forte. Afinal, de quê vale a vida se for usar coisas tão boas para sua tristeza? Se tiver de conviver com essas lembranças, que seja abraçando-as, aproveitando cada segundo que permaneçam vivas, pois, é daí que sei de sua importância, do que me valeu.
Um brinde a vida que não dá bobeira; apenas oportunidades de aprender a ser forte a cada segundo, com suas provas insistentes. Parabéns pra mim: aturo muitos idiotas, sem desistir do que um dia se fez tão presente e bom, ainda carrego o peso de alguns destroços da ultima guerra, e ainda posso aguentar muito mais. Sei que sim. Mas hoje... não estou afim de lutar. Só por hoje, estou cansada, são muitos dramas desnecessários, muita gente filha da puta, sabe como é...
Parei de tentar, cedi à desesperança, falhei. Apenas por essa noite...

Madrugadas sem dormir: Silêncio e Sonhos

quarta-feira, 27 de junho de 2012


Quando deito minha cabeça no travesseiro, é quando as verdades não ditas doem mais. onde o silêncio da noite pinta a forma de um rosto, cuja lembrança , tão rápido, me devora. 
Os dias passam devagar, soam livres, acontecem naturalmente , o contrário das noites:  destinadas a assuntos que, talvez, jamais me abandonem. 
Entre desespero e dores iminentes, minto tão bem a mim mesma, que me convenço: realmente... A noite passa rápido até que se feche os olhos; contudo, positivamente, saboreio o soar de palavras tão lindas, já ditas com muita calma e certeza, hoje, jogadas ao vento, como quem não quer nada; feitas somente para os momentos onde sábias estrelas iluminam o céu. 
As memórias, sedutores e enganosas, mostram-me o passado acidental e semi perfeito; conduzem-me com sua voz aveludada a sonhos suplicantes: acreditáveis, quase reais e muito palpáveis; mas, isso é apenas algo a mais com que tenho que aprender a lidar, pois, por maior que sejam as dores, acredito que não sou a primeira, nem a ultima a sofrer com os males desta vida. 
Ao longo das madrugadas, continuo murmurando a frase que me concede forças: "Mas a alegria... sempre vem de manhã." Ditas essas palavras, logo meus olhos se fecham, para o que -ao meu ver- são doces reencontros, silenciosos, secretos. Meus e de mais ninguém. 

Sonhos são a minha maneira de viver o impossível, de tocar o proibido e deliciar-me com o desconhecido. Sobretudo é também: Mais uma maneira de ter aqui comigo. 

O Previsível Imprevisível.

quinta-feira, 14 de junho de 2012


Depois de tanto tempo pensando a percepção me acolheu. Enche-me de alegria imaginar a verídica sentença: Eu não estou apaixonada por ele.
É por essas e outras que amo a diferença entre amar e apaixonar-se. Costumo dizer que é o tempo quem nos diz, se é um ou outro.
Como eu previa, numa bela manhã, acordei sem sentir nada. Graças aos deuses.
Ainda não sei dizer se foi atração, ou sei lá, pele.  Só sei que não foi significante o suficiente.
Me pego rindo do drama que fiz para descobrir, quando a vida, brincalhona, me prega essas peças tão sarcástica e repentinamente.
Que haja muitos outros sentimentos assim, pois é com esses que eu aprendo. Mesmo sendo tão rápido, absorvo o que melhor convier.
Entre um dia e outro, pesquiso na memória as diferenças, rio, brinco, e mesmo que silenciosamente, e com piadas internas eu faço comparações, isoladas, conjuntas, diversas e avessas.  Gosto de brincar dentro da minha emoção, pois quem sabe quando é que vou encontrar a “perfeição imperfeita” de ontem? 
Alguns dizem que não existe essa de perfeição, mas, hoje, ouso em minha completa sabedoria ignorante das poucas e ingênuas coisas que vivi, dizer que: O ser humano, com todas as suas falhas, é de tal exuberância, que em sua obra geral, em sua essência, merece ser chamado de perfeito. Mas, aceito a negligência de alguns, em notar coisas tão poucas. Se ainda me permitem tagarelar mais um pouco: Contradigo-me em termos, pois acredito que uns, tão raros, são um tanto mais cativantes que outros. E não é preciso fazer muito para ser notável.  Até mesmo um rei, cansa de seu bobo da corte uma hora não é?! O que estraga minha teoria sobre a perfeição do humano, mas tudo bem.
Tão certo como o sol que se mostra todo dia, amo o equilíbrio, e danem-se as definições de utopia. E só o deus da loucura parece entender porque diabos, quando tenho a bendita ponte do inoportuno equilíbrio, lanço-me ladeira abaixo. Não se estabilize, chacoalhe, reaja. Duvide. Mas seja calmo como as brisas de uma tarde serena. Porque quero sentir, mas quero de tudo dessa ousada aventura, um pouco. Perceba: Não faço questão do normal, esse texto soa normal para você? Pois bem, assim como meu oscilante humor é meu desejo por coisas novas. É como se me deixassem jogar caça-palavras, mas já com todas as lacunas preenchidas. Onde está a graça? Que problemas gostosos e divertidos sobra para resolver? Que roupinha vestir? Que penteado fazer para melhor te agradar? Não, obrigada.
Os mimos cuja existência é para agradar, em peso, me da uma leve overdose de atenção. E felizmente, ou não, sou das que se acostuma muito fácil com novos ambientes, mesmo não sendo lá tão recentes, de grandes descobertas, porque venhamos: isso é velho. Faça, desfazendo. Não controle, não brinque de adivinha, não force, apenas deixe que as situações tragam momentos memoráveis, eu também me apaixono por memórias, e muito mais quando são sinceras, espontâneas. Umas melosas, outras engraçadas, umas um tanto chorosas, mas todas boas e únicas. Portanto tentar aplicar teorias conhecidas e convencionais, não irá atrair nem se quer meu olhar.
Apenas se desconecte, quebre seus conceitos, forme outros, viva, ao invés de apenas entrar nessa minha estrada. Eu só quero poder ouvir no final: “foi diferente, inesquecível, novo...” 

Diário de Emoções: É Só Medo?

quarta-feira, 23 de maio de 2012
É tão difícil me decidir, saber se eu te quero por motivos plausíveis, ou não. 
Seu eu dissesse que sim, estaria dizendo-o também para um mundo diferente do que vivo, tantas coisas mudariam; Eu tenho medo do desconhecido. Admito.
E querido, você me assusta de uma maneira apaixonante, linda e louca. Como eu poderia enfrentar isso sem  escorregar de suas mãos pelo menos uma vez?
O fato de você ser diferente de todos, a sua sinceridade, tudo me envolve.
Apesar de entender, não gostava de algumas manias, era como se eu sempre fosse a garotinha inocente a aprender uma liçãozinha nova. Talvez nem seja sua culpa, mas da situação...
É tão claro para mim agora, pensar nas coisas que você disse, e algumas delas fazem tanto sentido, que chega a me preocupar. Ninguém tinha sido tão sincero assim antes. Obrigada.
É ruim saber que talvez não haja caminho de volta. Que eu tenha desperdiçado alguém que realmente me enxergava, inteira, e mesmo sabendo dos meus defeitos não desistia.
Mas de alguma maneira, estou feliz por não haver, era desesperante estar sempre contra a parede, seja lá quem a colocou lá, se eu, se você. Só sei que existia. E eu gostava de todo aquele drama, só não sabia. Eu conseguia saber o que ele sentia, o quanto se importava, era tudo claro.
É uma droga esse costume com pessoas quietas, que não falam o que sentem. É natural que me apavore quando alguém o faz.
Sem dizer que não sou daquelas garotas, que acreditam que para ser feliz, precisa-se ter um homem do lado. Não mesmo.
O fato é e sempre será: Fugir é fácil. Arrumar desculpas para isso nem se fala. O problema é quando eu me  convenço de que aquelas desculpas estão nítidas demais, a ponto de nem cogitar se elas são mesmo verdades, ou se é meu cérebro tentando enganar as vontades do meu coração.  Maldito instinto de proteção. Confuso não é? Pra mim não era, estava certa de que era isso que eu queria, via e sentia.
Para os infernos as incertezas, to me cansando delas.
Desencontros, confusões, brigas, medo e paixão. Uma mistura muito forte. Das que eu amo.
Te ver só piora as coisas, traz aqueles sentimentos loucos, que não consigo entender. Tira a parte de mim que acredita que existem razões para não te querer.
Podem me explicar o que foi que aconteceu pra ser assim? tento a semanas e nada.
Essa minha paixão pelo novo, diferente, intenso e louco ainda vai acabar comigo. E isso não é a resposta para minha pergunta.
É como ganhar asas, mas não saber como voar. É só apenas querer faze-lo mas ter medo de dar o primeiro salto, e é também não querer ser empurrada.
Desculpe, não sei não ser complicada. Ninguém explica minha inconstância de humor.
Talvez eu ainda não me sinta pronta pra amar outra pessoa, e eu sei que você não merece menos do que isso.


Diário de Emoções: Saudade e Raiva.

quinta-feira, 17 de maio de 2012
E cá estou eu novamente, sentindo falta das sensações de semana passada, aquele frio na barriga e a vontade de te abraçar...


Andei pensando... As conclusões me assustaram; Talvez não faça sentido para vocês, mas para mim faz. 
Não acho que a paixão seja por quem ele é. Eu me apaixonei pela história, pelos fatos, pela intensidade, pelas descobertas... novamente. E isso não soa certo, não posso me dar ao luxo de continuar sentindo isso. 
Mas, será mesmo ?  Mesmo que seja, não faz diferença, nenhuma dessas palavras tem sentido ou razão para serem ditas. 


É engraçado como continua novo sentir essas coisas. É gostoso, mas dolorido e confuso. Dizem-me para aproveitar o sentimento, mas não vejo porque. Não quero, a única maneira proveitosa de sentir, seria com a pessoa que o despertou. Mas minha racionalidade me impede de tanta maneiras... E já é tão tarde. 


E quando a gente mais pensa que tem controle sobres as coisas é que nos surpreendemos. 


Mesmo que seja por outros motivos, sinto que estou estragando tudo novamente. Me fechando para coisas que poderiam ser boas, recusando pessoas que seriam boas. 


Mas não, eu não pedi pra ele sair da minha vida, eu só estava assustada, com tudo tão rápido e intenso, precisava de tempo para assimilar as coisas, para entender o que realmente é estar com alguém mais maduro. 


Sweet Cactus esta virando meu diário de emoções mesmo... 

Cansei

quarta-feira, 16 de maio de 2012
Estou cansada! Sabe quando te da aquela vontade de roubar um carro e sumir sem rumo? Então... Pena que eu não sei dirigir. 

Sem exageros, eu só preciso me animar novamente. Anda tudo tão chato. Tudo é momentâneo, vazio, insignificante.
Sabe quando a vida tem aquele gosto sem graça?
É acordar todos os dias no mesmo horário, fazer as mesmas coisas, encarar as mesmas pessoas,- que nem sempre me interessam-. Essa rotina insuportável. 
Qualé? Cadê aquelas pessoas que te dizem coisas que te tiram o sono? Ou aquelas festas que você enlouquece? Dias que você ri o tempo todo? Amigos loucos? Pra onde foi tudo isso?
E aquelas colegas que dizem que te amam a toa? Falam besteiras desconexas... Não fazendo diferença alguma. A sorte dessas é que sou muito bem educada. 

Outro dia ouvi uma musica que hoje me faz muito sentido. Ela diz:  

Sweet happiness they say comes in doses (...) and what's left of my stock?

Dizem que a doce felicidade vem em doses... E o que sobrou em meu estoque ?  
(Acho que o meu já acabou.)

E se isso for verdade? ferrou né... 

Ando sem paciência para tudo.  E antes que vocês se perguntem... não, não estou de tpm. 

Minha cabeça tem me enlouquecido. Aparentemente tudo é motivo para não estar tão feliz. Ter um namorado, ou não ter. Comer ou não comer, Estudar ou não estudar, Sair ou não sair. Chorar ou não chorar.
Sabe o que eu faço com tudo isso?  Jogo fora. Como? Fones de ouvido e com muito heavy metal de preferência! Até escuto outras musicas, mas pra resolver essas patifarias/mimimi/birrinha, só Metal mesmo. 

E desculpe-me se algum dos leitores fizer parte de algum "grupo" citado. Mas realmente, ta difícil.  Qualquer coisa...me processa. 

E outra... Ainda assim não estou feliz, ou triste, ou ... nada. Só o grande: NADA.
Ps: A resposta: Ta tudo ótimo! anda sendo pura ironia. 

Ps²: Eu ando muito Irônica e sarcástica.... Porque Deus? 

Cadê o sentido?

sexta-feira, 11 de maio de 2012
Que saudade de escrever aqui! desculpem-me aliás, caros leitores. 


Aconteceu que fiquei sem ter o que escrever. Todos os sentimentos andavam sendo breves, nada intenso que me provocasse a escritura, ou que me embalasse em sonhos, fantasias. Apesar de na verdade não estar: nem triste nem feliz. Era simplesmente um grande nada, sem estar vazia. 
Nada melancólico também, apenas saudade de pessoas que entraram esse ano na minha vida, e já se foram. Vieram para me provar suas teorias, e sem me deixarem escolha, partiram. 
Uma delas, me ensinou muito de liberdade, arrancou alguns medos infantis, trouxe outros. Era tudo novo, intenso, viciante. Mas quem sou eu para distrair as vontades do destino? O problema foi achar que estava tudo bem, achar que não faria falta, achar que eu não ligava. Eu gosto dos que se provam diferentes, independente de se é negativamente ou positivamente. Me atrai. Mas nem sempre da maneira como esperam. 
Eu tenho curiosidades com o ser humano, com a maneira que agimos. Indagações, especulações. E nunca escondi isso de ninguém, sempre deixei bem claro minhas intenções a todos que estão a minha volta. 
Essas pessoas sempre me deixam confusa. 
Me peguei num mar de sentimentos estranhos, onde: minhas mãos tremiam, suavam, minha voz não saia, meu coração querendo sair pela garganta. Tudo muito novo. Como eu gostaria de esquecer que senti tudo isso. Não faz sentido para mim. Supostamente quando faço uma escolha, faço pensando que aquilo é o melhor para mim. 
Droga! como errei desta vez... 
Mas há algo em mim que me impede de voltar atrás, não sei se orgulho ou se medo. 
Não sei de nada do que estou sentindo, do que aconteceu, do porquê.
É como se na minha cabeça só houvesse vários "???". 

Nem que eu quisesse eu expressaria o tamanho da confusão de sentimentos que despertaram em mim.  
Não dá pra saber se é bom ou ruim.
É o tipo de mistério que me segura, que me envolve. E é também o que faz uma parte de mim... fugir. Ultimamente... eu não tenho querido silenciar essa Gaby. Isso sim é triste. 




Sweet Cactus Especial: Amores Distantes

terça-feira, 10 de abril de 2012

A primeira alvorada é sempre a melhor, os passarinhos bonnie e clyde cantarolando no comodo ao lado...
Calmamente começávamos a contar uma a outra os fatos ocorridos, dores, problemas e segredos. Até esvai-los de nossas cabeças, para então fugir dessa realidade confusa... 
Um a um os sonhos eram ditos, interpretados, sentidos e explorados. Ah, mais que pena não virarem realidade, são tão convincentes quando jogávamos-os imaginação a fora.


Quantas gargalhadas nós damos, como se nenhuma preocupação fosse capaz mais de invadir nossas cabeças, cada conversa era um passo a mais longe delas... 
Acho que ninguém sabe como é, afinal, nós criamos isso, juntas. Nosso mundo, ou como nossos parentes dizem: "Elas estão em Nárnia!" ... Sim sempre estamos, por enxergamos o mundo quase que igualmente, -mas diferente de todos- ninguém parece entender, nenhuma amiga sabe como são preparados esses momentos, e se tentam, nunca será igual. É um mundo vasto, onde podemos ser o que nos pareça, nenhum limite, nada para nos impedir de completar nossos sonhos. 


O mundo real, que tenta nos abraçar com sua frieza, sem graça, apenas serve como alicerce da imaginação, que por horas nos prende em suas sensações, da mesma forma de quando brincávamos de boneca. 

Quando resolvemos colocar-nos porta a fora de "Nárnia", fazemos nossas piadas sobre tudo, rimos de quem passa desajeitado, brincamos com o que nos interessa e ainda assim, tudo sempre é bom...
Pessoas de um lado para o outro, uma larga avenida, faces e gostos diferentes, risadas e carpe diem. É assim, emocionante, tudo que passo com eles lá... 

Somos toda sinceridade, não há nada que não compartilhamos, até mesmo nosso sangue. 
De alguma maneira,-não descobri qual ainda- ficamos longe uma da outra, e a dor da saudade se esconde no canto, acho que aprendemos a lidar com ela, mas ainda assim ela existe, esta sempre ai para lembrar que mesmo existindo uma enorme estrada entre nós, nada nunca foi motivo para nos separar. Nem brigas, diferenças, problemas, erros, namorados... Nada. 
Os dias vão se passando, com pressa, não nos dando liberdade, nem escolha de senão separar-nos novamente, com suas lições e dores. 

Essa cumplicidade toda vem de um conceito antigo: família; Esbarra nas semelhanças entre nós, consiste-se num amor inquebrável, puro e único...

E por fim, enfrentamos os últimos momentos, estalamos nossos olhos durante a madrugada, e conversamos até não aguentarmos mais...
Então... As ruas começavam a correr, meus olhos acompanhavam os tantos prédios altos e imponentes, molhados, meu coração segurava a vontade de derramar lágrimas, minha garganta se fechava, e eu sabia que tomaria novamente um xoque de realidade, quando me visse dentro do ônibus voltando para a minha cidade quieta. 

Já dito o doloroso tchau, parti. Sentei-me no fundo, onde ninguém pudesse olhar para minhas lágrimas incessantes e familiares. Forçando-me e me dizendo mais um de seus adeus passageiros, mais um de seus pedidos desesperados para ficar. Mas eu sei que um dia isso acabará, e eu não terei de viver longe dos meus amores.

Eu Não me Preocupo Mais

quinta-feira, 29 de março de 2012
Andam me fazendo perguntas, do tipo: O que você é?
Acho que me definir assim é uma forma de limitação. Uma maneira rápida e certeira de cair em contradição uma hora na vida.
Vivo em constante mutação, dentro das minhas oscilações de humor, da minha rotina e personalidade. Que bobeira da parte de alguns tentar entender, explicar ou classificar.
Não sou um livro para ler e ser entendido.
Há tanta polêmica no mundo com o que decidimos ser, tanta opinião dada sem ser pedida. E muitas vezes faço isso comigo mesma, crio casos e por vezes acabo decidindo algo contrario do que desejava por achar que não condiz com o que sou.
A verdade é: A vida não é feita de planos traçados. O improviso toma conta de me guiar , de uma maneira muito mais divertida.
Na maioria das vezes que tentei ser perfeitinha errei cegamente. Tentava agradar a todos ao mesmo tempo, a ponto de não saber que eu realmente era, qual delas.
Quando eu parei de ser o que queriam, esperavam que eu fosse, as decepções, quedas e dores foram inevitáveis e grandes. Mas nada disso me parou.
Usei uma frase : A tristeza vem durante a noite mais a alegria vem pela manhã.
Toda manhã eu tinha a oportunidade de tentar de novo, nunca era tarde demais. Mesmo que as lágrimas florescessem em meus olhos nas muitas madrugadas acordadas. É por isso que hoje não temo errar, afinal de contas eu sou humana, sou feita por erros, sou grata a eles, pois me fizeram enxergar o que precisava mudar.
Todos diziam: "Estou com você." Ou se identificavam pela causa. Mas eu precisava trilhar tudo sozinha, e com isso aprendi a ser forte, e sair da dependência dos que me amam; Aprendi a me amar, a me respeitar, aprendi a viver a vida simples, sem complicar, ser feliz e não fingir como fazia.
Hoje há paz, minha cabeça já não é uma bagunça, não há sofrimentos, tenho controle dos meus sentimentos. Tudo é sereno e motivo para rir, vivo tranquila e despreocupada, faço o que quero, me importo com os que eu amo, e é tudo tão gostoso, tão mais intenso, tão bom.




Quero Viver

quinta-feira, 22 de março de 2012

Aqueles momentos divertidos em que o amanhã e as consequências não importavam.... O calor de fazer algo proibido, algo que me faça dar risadas marotas.
Dane-se as restrições, dane-se a opinião alheia. 
Já é hora de ser minhas vontades.
Cansei de pensar tanto, de ser hesitante. 
Quero sentir frio na barriga na hora de decidir o que fazer, optar por algum caminho e não ter medo de errar, deixar ser e estar.
Quero apenas o agora, rir à toa, despreocupar-me. Explorar a vida, as sensações, emoções e situações. 


Eu sei que existe alguém que pode segurar minha mão e aproveitar comigo o que a vida tem de melhor, sem se rotular, limitar e complicar.
Poderíamos correr até a lua e dançar com as estrelas. Talvez outra vez, talvez a primeira vez. Não nos importaríamos; Esqueceríamos o mundo e construiríamos um novo. Eu não tenho planos, joguei meu mapa fora. 

Não a vida não para, ela não espera e é curta, quem é que quer saber dizer do amanhã? 

Quero apenas me comprometer com a liberdade. 





Insanidade, Confusões e Amor

domingo, 18 de março de 2012


Quero fugir deste mundo, não acredito no que vejo, nas insanidades ditas. 

Confusões que me afloram, ondas repentinas de questões sem respostas. Preciso descansar. 


Exijo silêncio, mas também busco o contrário.

Liberdade, porque és tão difícil de alcançar? Longa estrada, cheia de ilusões, de talvez, de porém, com seus jogo de dados, sorte ou azar.  


Triste saber que sou presa fácil de mim mesma, que vivo por viver, ou que continuo falando sobre correntes. Não sei sair do controle. Não sei o paradeiro da minha falta de lucidez. 

Por vezes tento aproveitar-me da vida, mas muito me engano quando acho que sei escolher, muito me engano quando acho que sei viver.

O equilíbrio tão utópico, tão esperado, insiste escapar.

As palavras saem, e tudo que ouço são incertezas, dúvidas, devaneios. A verdade é que não sei saber.

Como amar sem enlouquecer?  Como posso então ousar falar de amor ?

Única esperança: falar de amor, com todas as incertezas descabidas, sonhar com o que pude provar e esperar que tal sentimento não desista de se provar existente, de se fazer necessário dentre tantos dias sem sentido. 

Meu Eu

segunda-feira, 5 de março de 2012


Apenas decidi correr em direção ao que me faria bem.
Demasiada liberdade, demasiada loucura.
Quero saltar por entre os abismos sem ter medo de cair, quero minha sanidade insana outra vez...
Meu eu anda tão cheio de escapes... 
Só espero vida. Abundante, plena. Como ela desejar me arrebatar.
Peço licença aos de coração antigo, se resolvo dizer verdades, as sentir e grita-las.  Sejam de corpo ou de alma. 
Quero ser livre para sentir o que me parecer; Desejos, vontades, ódio e amor. 
Anseio por ar!
Caminhar sozinha, decidindo onde colocar meus pés, não mais hesitante, assustada, dependente.
Optar por caminhar além do certo ou errado, não escorregando para nenhum dos lados...

Quero equilíbrio, quer exista ou não.

               

Adeus

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Esperançosa, sonhadora, inquieta e cheia de coragem.
Os sonhos deixaram de se comportarem feito pesadelos, não vejo seu sorriso invadindo minhas madrugadas, trazendo as dores inevitáveis. Onde seus pés pisam já não me interessa, onde seus lábios encostam não me incomoda. Sua vida e tudo que nela está já não me atraem mais.
Acreditei no “Eu Te Amo”, no “Gosto de você”, no “Confia em mim”. Acreditei em você, em nós.
Meu querido, meu primeiro amor, eu nunca te esquecerei.
Já é hora de abandonar esse sentimento que me machuca tanto, de ouvir o caminhar de seus passos deixando meu coração. Afinal meus erros selaram o fim.
Daqueles devaneios, de uma garotinha indefesa e vulnerável que acreditava que você era perfeito, eu não tenho nenhum. Não sobrou nada.
Livre de culpa, medo, dor, arrependimento, tristeza. Agora posso prezar pelo eu que dormia e chorava silenciosamente implorando Compreensão.
Meu coração anseia por amor, minha pele por toques, por carinho, mas já não é só sobre seus braços esses meus desejos.
Cansei de me limitar, de viver de mentira, de fingir ser feliz.
E o vazio que se encontrava há tempo já deixou de existir. Descobri que não há o que preencher uma vez que eu me basto.
Pela primeira vez estou feliz comigo mesma. E tudo que aprendi não foi sobre você, nada desse tempo de amor adolescente foi. Foi sempre sobre mim, sobre até onde fui capaz de ir, já que em outras épocas acreditava que amor não existia. Eu provei a mim mesma que sim. Você foi uma peça do caminho que era certo de eu trilhar.


Adeus meu amor. 

Desencontros

domingo, 5 de fevereiro de 2012

É estranho andar por aí e te imaginar. É sonhar com você sempre perto, como se fosse impossível me abandonar.
Meus olhos fissurados, cansados vagueiam sem rumo, buscam sedentamente encontrar um resquício de você.
É como estar longe da sanidade, você esta em todos os lugares, mas não está. Posso vê-lo nas semelhanças pequenas de algum outro olhar, outro gesto, outro cheiro. Todos me lembram, e nenhum tem absolutamente nada de você.
É prisão perpétua, é sentença sofrida. Carregar por ai essa dor de te buscar e frustrar-me com o desencontro constante.
Toda esquina que dobro, cada lugar que visito me lembra você, nós.
Me trancafiei sozinha, nada me encanta, nada me tem. Cansei de tentar.
Quando éramos nós, você fazia questão de me dar lembranças espalhadas por esta cidade pequena. E agora que você se foi não tenho paz. Corro, fujo, finjo, me escondo e nada muda. A árvore continua no lugar, os caminhos são os mesmos. Também a dor.
Cruzo os caminhos familiares sozinha, as lágrimas molham meu rosto, talvez pálido, talvez superficial; Gosto de percorrer as estradas em que passeávamos, gosto de olhar as lembranças, abraçar a saudade, sonhar; Poderia me sentar aqui e ficar o dia todo olhando folhas secas, lendo nelas o que dizíamos um pro outro, sentindo no ar a intensidade vivida.
Você não me salvou; Me condenou.
Deu-me tanto e tirou tudo.
Que estranho é o amor. Coisa dolorida. Vejo-me sem vontade de continuar a senti-lo,  quero amar sem sofrer, quero ser livre de dores de novo.
Deixarei fluir este sentimento de esquecimento, salvarei e trancarei as lembranças no fundo, onde eu não possa ver...