Recomeço

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Suspir 
Suspiro, alívio e paz. Talvez, uma das maiores sensação de vitória que já tive. Sem exagerar posso perceber: a diferença do que sentia ontem e do que sinto agora! Seria cômico se não fosse louco.
Hoje, se lhes importa saber, posso afirmar que: Meu rosto ilustra o descanso de alguém que cansou de sofrer, que optou por viver o agora, mesmo que de sua maneira única, com suas escolhas não tão certas, mas um tanto cheia de bons momentos, do que pode vir a ser a pintura de um quadro imperfeito, mas, extremamente completo.
Ah como amo me permitir viver, ter bons momentos! O sentimento é tão acolhedor.  Tem-me nas nuvens, faz querer voar mesmo sem ter asas.
Agora que compreendo o fim inevitável, e que, aprendi não fugir, mas, a aproveitar o durante; Abro os meus olhos e enxergo, o que a muito não podia ver: A solução mais doce, os braços mais acolhedores, das palavras mais gostosas de ouvir; e tenho que dizer: Olhar para você é um tanto desesperador, mas me faz pensar que talvez a esperança não tenha se afundado tanto, ao que me faz sentir, posso arriscar dizer que a felicidade me passou tão despercebida quanto você, meu querido ser errante, caçador de um sentimento que a muito me falha, mas que na mesma intensidade me atormenta e encanta.
Você diz que quer segurar na minha mão, diz entender os meus medos e escolhe palavras carinhosas, sedutoras, para me fazer entender que está aqui para dividir esta louca estrada em que me encontro. E o que eu tenho a dizer?  Sabes que sou viciada no sentir, e que não sei dizer não para aquilo que me fascina!  Não sei o que lhe ocorreu que de repente começou a enxergar-me tal como eu fiz contigo! Ah como esse mundo é estranho!
Como posso me enganar tanto? Durante meses ignorei as oportunidades de enxergar, o que estava escrito em cada outdoor em minha vida: Sim, pertenço a você, desde o fim, eu sabia que você seria meu recomeço. 

Madrugadas sem dormir: Apenas Essa Noite

terça-feira, 3 de julho de 2012
Madrugada. Silêncio e algumas ocasionais lágrimas.
Engraçado como sempre aprendi a fugir do que sempre me foi desconfortável, convenientemente. De alguma maneira, desesperadora, existem coisas das quais não se pode fugir, o coração não costuma nos dar essas escolhas. Você é o que é, sente o que sente. Não importa o quanto corra, se for verdadeiro, fica. Simples assim. Como disse: desesperador.
As tentativas sempre serão válidas, não importa aonde elas nos levam, a que consequências nos entrega, o que se aprende será sempre de grande valia. E tenho que dizer, de tentativas mesmo... Não foram poucas, umas um tanto sem vontade, mas, ainda assim sempre com a ponta de esperança de que algum dia isso sumiria de dentro de mim.
Surpreendente. O tempo passa, voa como um pássaro livre e nada muda. Mas, de fato está tudo diferente, curiosamente, alguns pontos de resistência ainda me abalam.
Existem algumas partes de mim que simplesmente pararam no tempo, juntando poeira; assim como todo possível sentimento do passado; em toda minha vida, imaginei: teriam um fim melhor que o esquecimento.
O som de uma musica, o sabor de uma bala, a imagem de alguma foto, um caminhar semelhante... Inevitavelmente, nas entre linhas, silencioso e persuasivo encontra-se o que não se pode jamais esquecer.
Mas, apesar de tudo, faço de minha face verdadeiro sorriso, brinco de me provar forte. Afinal, de quê vale a vida se for usar coisas tão boas para sua tristeza? Se tiver de conviver com essas lembranças, que seja abraçando-as, aproveitando cada segundo que permaneçam vivas, pois, é daí que sei de sua importância, do que me valeu.
Um brinde a vida que não dá bobeira; apenas oportunidades de aprender a ser forte a cada segundo, com suas provas insistentes. Parabéns pra mim: aturo muitos idiotas, sem desistir do que um dia se fez tão presente e bom, ainda carrego o peso de alguns destroços da ultima guerra, e ainda posso aguentar muito mais. Sei que sim. Mas hoje... não estou afim de lutar. Só por hoje, estou cansada, são muitos dramas desnecessários, muita gente filha da puta, sabe como é...
Parei de tentar, cedi à desesperança, falhei. Apenas por essa noite...